top of page
serviço à mesa_edited.jpg

BLOG d'O Vilarejo

web_1_PraiaMole_UmVilarejo_AOM_0650_AndreOstettoMotta (2).jpg
  • Foto do escritorO Vilarejo Hospedaria & Gastronomia

Música, Mulheres e seu Dia Internacional




Mulheres e música.

 

Que linda maneira de ser homenageada: uma canção!

Oito de março, Dia Internacional da Mulher, muitas delas homenageadas em canções!

Mário Lago cantou que Amélia não tinha nenhuma vaidade e, ela sim, é que era mulher de verdade, um verdadeiro hino ao machismo.

Martinho canta de mulheres do tipo atrevida, do tipo vivida, casada carente, solteira feliz, do tipo donzela e até meretriz, e apesar do “cara se achar”, é uma bela declaração de amor!

E muitas são as mulheres canções: Luiza e Dindi de Tom, Jade de Bosco, Maria de Milton, Lisbela de Caetano, Carolina e Mariana de Seu Jorge, Vitoriosa e Madalena de Ivan Lins, enfim, mulheres sempre encantam e poetas sempre as cantam.

Mas mulheres mesmo cantou Chico, o Buarque: Bárbara, Januária, Joana Francesa, Beatriz, A Rita, Ana de Amsterdan e até Geni, a do Zepelim, e concluiu em “Deixe a menina” que por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz, e, atrás dessa mulher, mil homens sempre tão gentis.

E entre todas as mulheres de Chico, o Buarque, a mais linda mulher-canção, que elogia não só beleza, mas a força natural em toda mulher, é Angélica.

Liza Minelli, Kim Novak e até Joan Crowford aplaudiram e usaram criações desta estilista Angélica, onde anjos amordaçados e meninos aprisionados apareciam em estampas ao lado de jeeps militares no primeiro desfile de moda política que se tem notícia.

Essa Angélica, morreu em um “acidente” na saída do túnel que leva o seu nome hoje, depois de deixar uma carta a Chico avisando que se alguma coisa acontecesse a ela, não seria um acidente e sim assassinato por estar usando de toda sua influência para desvendar outro assassinato, o de seu filho, militante político, torturado e assassinado pelo governo militar.

Zuzu Angel, uma grande e internacional mulher!

Cazuza, a sua maneira, teve suas mulheres: Bete Balanço, Brigite Bardot, Yara, Rita, Doralice e até Vovó Alice, mas sua maior mulher foi Lucinha, sua mãe, outra grande e internacional mulher!

Houve também mulheres que fizeram de sua existência uma homenagem a música: Chiquinha Gonzaga desafiou seu tempo para nos brindar com sua musicalidade e caráter ilibado.

Separou-se do primeiro marido, com o qual se casou obrigada aos dezesseis anos, na segunda metade do século XIX por este não permitir que praticasse sua música.

Casou-se depois com um rico boêmio que conhece na cena musical de uma época em que ser músico popular é sinônimo de vagabundo, sendo mulher então, vagabunda era elogio.

Separa pela segunda vez ao surpreender seu homem com outra na cama.

É a primeira mulher e a primeira pianista no choro, é a primeira compositora a ser levada em cena, é a primeira mulher a dirigir uma orquestra, nossa primeira maestrina.

Lutou pela abolição da escravatura, pela Proclamação da República e em todos os movimentos de protesto importantes na época.

As cinquenta e dois anos apaixona-se e assume o relacionamento com um garoto de dezesseis, que a princípio apresentava como filho, e foi seu companheiro até sua morte aos oitenta e sete anos.

Pioneira e corajosa, viveu intensamente tudo o que lhe ditava o coração, uma grande mulher internacional.

Parabéns a estas mulheres, a todas as mulheres e a todos que tem uma mulher como referência e fazem desta a razão de sua vida: mulher-mãe, mulher-amiga, mulher-amante, ou simplesmente mulher!

Ainda segundo a Bíblia, Deus criou o homem sua imagem e semelhança, e, de uma costela de Adão, desenhou a mulher!

Imagine se tivesse uma matéria prima de melhor qualidade para essa criação já tão perfeita?

Diante de tantas mulheres brilhantes para homenagear como dia da mulher, porque o oito de março, tão americano e tão cheio de controvérsias para ser o dia da mulher?

Diz a lenda que neste dia cento e trinta mulheres foram queimadas trancadas em uma tecelagem de Nova York, devido a um protesto por melhores condições de trabalho para as mulheres.

Houve realmente, e foi documentado, o protesto, porém nesta data não existe registro de nenhum incêndio e nem de mortes de tantas mulheres em Nova York.

Houve sim um incêndio, mas no dia vinte e cinco do mesmo mês e ano (1857).

Foi na Fábrica Triangle Shirtwaist, onde cerca de seiscentos funcionários trabalhavam nos três últimos andares - de um edifício com dez – que foi considerado acidental devido a vários fatores, entre eles o fato de fumarem durante o trabalho e da iluminação ser a gás no mesmo ambiente onde os tecidos eram armazenados.

Morreram 146 funcionários, na sua maioria mulheres, e é até hoje considerado o pior incêndio da cidade de NY.

Os fatos se fundiram para justificar a data criando mais um entre tantos erros históricos.

E não vejo motivo de ter somente um dia para homenagear as mulheres: estas merecem canções e homenagens todos os dias!

 

E viva as mulheres!

3 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


Ouça nossa Playlist!
O Vilarejo_AV_Wide.png

©2022 por O Vilarejo. Blog desenvolvido por

BeEmotion logo_edited.png
bottom of page